sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Como ocorre o processo de prescrição dos exercício para os Cardiopatas?

         A grande arte neste processo está na prescrição do exercício para este grupo de indivíduos. Primeiramente, o trabalho com esta população deve ser feito por uma equipe multidisciplinar (médicos, educadores físicos, fisioterapeutas, nutricionistas e etc.). Segundo, um bom exame clínico deve ser realizado para sabermos exatamente qual a condição que o nosso aluno(a) apresenta antes de iniciarmos a prática do exercício. Terceiro, determinar qual a fase de reabilitação o aluno está. Com as informações clínicas devemos pensar em quatro aspectos para a boa prescrição e execução do exercício físico:
        1.     Tipo de exercício: o exercício a ser realizado durante a sessão de treinamento. Recomendam-se exercícios cíclicos (caminhada, ciclismo, remo, corrida, natação, entre outros) que envolvam grandes grupamentos musculares. Todavia, não se esqueça de um bom trabalho de alongamento e de fortalecimento muscular com pesos.
        2.     Frequência semanal: no início do processo é preconizado duas a três sessões semanais, podendo, com o passar do tempo e com a melhora da condição geral do aluno (a), aumentar esta frequência para até cinco ou seis vezes.
        3.     Duração da sessão: a sessão padrão dura 60 minutos, subdividida em aquecimento (10 min.), principal (20 a 30 min.), fortalecimento (10 min. a 15 min.) e final ( 5 mim). O tempo da fase principal é modificado de acordo com a condição clínica do aluno podendo durar mais de 30 minutos.
        4.     Intensidade da atividade: a intensidade pode ser determinada por pelo menos duas metodologia.
A primeira e mais recomendável, é a realização de um teste ergoespirométrico onde é possível avaliar de modo preciso qual a frequência cardíaca máxima e mínima para o treinamento. A desvantagem deste método é o custo deste procedimento. O segundo método é por meio da fórmula de frequência cardíaca de reserva de Karvonen:

              FC treinamento = [(FC máxima - FC repouso) x % de intensidade] + FC repouso
 
      Trabalha-se inicialmente entre 50% e 70% da frequência cardíaca de reserva para a execução dos exercícios aeróbicos (cíclicos). Entretanto, deve-se levar em considerações possíveis queixam de angina, alterações de frequência cardíaca e alterações de pressão. Um aparelho de monitoramento da frequência cardíaca é muito útil durante a prática da atividade física para um melhor monitoramento da intensidade.
      Vejam alguns benefícios da prática do exercício físico em patologias específicas:
•    Isquemia miocárdica: melhora da angina em repouso; melhora da capacidade funcional; aumento da capacidade do coração bombear sangue; melhora da perfusão do miocárdio.
•   Insuficiência cardíaca: ajuda a reverter disfunções nos vasos sanguíneos; aumento do consumo de oxigênio; melhora a produção de energia no músculo; melhora a função respiratória; melhora a musculatura respiratória.
      Se pensarmos exclusivamente em indivíduos que foram acometidos por algum problema cardíaco um programa de condicionamento físico promoverá os mesmos benefícios citados acima, além dos benefícios específicos para cada condição patológica. 


Referências:

http://www.mulhersaudavel.com.br/index.php?setor=3&id=81

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